Retrato da Elizafran Oliveira

Nome: Elizafran Nascimento Oliveira

Negócio: Eliza Gourmet e Arte

Área de Negócio: Gastronomia

Município: Rio de Janeiro

Contato: (21) 99919-8753

 

Elizafran Nascimento Oliveira mora em Ramos, tem 45 anos e sua especialidade é a comida baiana, particularmente o acarajé, esse bolinho preparado com feijão fradinho e temperos, frito no dendê e recheado com vatapá, camarão, salada de tomate e pimenta, considerado um patrimônio cultural do Brasil.

Natural de Salvador, de certa forma, Eliza sempre esteve perto da gastronomia. “Trabalhei num restaurante espanhol, fui auxiliar de cozinha, preparei drinks e atuei na administração”. Mas, depois de várias idas e vindas ao Rio de Janeiro, em 2006, resolveu vir para ficar. Aqui, desempenhou diversas atividades, em várias empresas, e quase terminou o curso de Administração de Empresas, mas teve que trancar no último período em 2010.

Em 2012, Eliza foi convidada por uma amiga para fazer um acarajé para sua mãe em Copacabana. O acarajé agradou muito e ela foi convidada a instalar uma banca no Clube Renascença, no Andaraí, um espaço cultural dedicado ao samba e às tradições afrodescendentes. “Uma decisão difícil, sair de uma atividade de escritório para algo tão diferente, mas aceitei. Cozinhar eu sabia, porque a maioria dos baianos aprende, mas nunca havia feito disso uma fonte de renda”. Ficou no Renascença com sua irmã Eva até 2015, quando abriu sua MEI e foi trabalhar no circuito de rodas de samba do Rio, como a Moça Prosa, no Largo de São Francisco da Prainha, e o Sambastião, na Glória, entre outros pontos do circuito.

Em 2020, com a chegada da pandemia, Eliza teve que se reinventar. A maioria dos seus clientes era do Centro e da Zona Sul, e ela perdeu o contato com o público. Cadastrou-se no ifood, preparou-se para a Dia das Mães com um cardápio especial e os insumos necessários, mas não vendeu nada. “Foi um baque! O que fazer?”. Tomou fôlego, começou a fazer pequenas vendas, criou uma rotina de preparos e uma nova dinâmica de conservação de alimentos. Hoje, além do acarajé, oferece almoços e comidas para datas especiais, ainda no sistema pegue-leve ou no delivery. Divulga seus produtos no Facebook, Instagram, Whatsapp, e até conseguiu uma propaganda gratuita na Rádio Ponto e Vírgula, que lhe deu uma boa ajuda. Procura cativar todos os clientes, oferece descontos, facilita o pagamento e dá mimos a clientes frequentes. “Trato todos da mesma forma, e lhes dou o mesmo valor”.

Através de Benedita Clovis Pinga, sua amiga vendedora de licores, Eliza chegou à rede de Mulheres Empreendedoras e à Asplande. Esta nova família lhes vem ajudando na gestão e na melhoria de seus empreendimentos.

 

Por Adelina Araújo, voluntária da Asplande