Embaixadora Ana Cláudia Soares

Nome: Ana Cláudia Soares da Silva

Negócio: DAC Assessoria e Consultoria Documental (Despachante do Detran)

Área de negócio: Embaixadora dos Direitos da Mulher

Bairro/Município: Vila Paula/Duque de Caxias

Contato: (21) 96546-0770

 

O empreendedorismo na vida de Ana Cláudia é uma de suas maiores paixões. Hoje, com 42 anos, ela tem a própria empresa de assessoria e consultoria documental, a DAC, que carrega suas iniciais (Despachante Ana Cláudia) e tem voz ativa em temas sociais sobre Empreendedorismo e Feminismo. 

Há aproximadamente quatro anos, Ana conseguiu sair de um relacionamento abusivo, “um castelo de areia que desmoronou sobre minha cabeça” que  despertou-a para seguir a vida. Atualmente, ela mora com o filho, fruto desse casamento, e sustenta sua família através do trabalho que exerce com muito orgulho e que lhe ajuda a passar pelos momentos de crise: “sou o homem e a mulher da minha casa.”

Ana diz que o empreendedorismo sempre existiu em sua vida, oscilando com os trabalhos CLT e, aos poucos, fazendo cursos e se autoconhecendo, Ana viu uma chance grandiosa no Empreendedorismo, tornando-se a primeira mulher da família a empreender. “A história que eu gostaria de contar da minha vida, a história que meu coração arde e brilha, é o empreendedorismo.” 

No tempo livre, Ana Cláudia refaz suas energias com a natureza. Através de trilhas e jornadas em sua motocicleta, foi após o divórcio que Ana recomeçou sua vida e descobriu novos prazeres. “São esportes que quando você olha, precisa de força e coragem, e foi me dando superação.” Hoje, o motociclismo ajuda-a também no trabalho! Sobre isso, Ana conta que lançou o trabalho “Fica em casa, eu resolvo para você.”, um serviço em que ela atende os clientes em suas próprias casas. A moto, carinhosamente apelidada de Berê, já rodou nas ruas do Paraguai e da Argentina e é uma grande força em seu trabalho, já que, durante esses atendimentos, as pessoas a veem como uma mulher forte, a enxergando além do cabelo, da cor de pele ou do modelo de sua moto. 

Sobre o começo de seu trabalho como Despachante, Ana conta que no período da faculdade, atuou como voluntária no Detran, logo depois migrando para o setor de despachante. “Mesmo estudando para patologia clínica, eu fui amando aquele universo de papéis e fui adquirindo muito conhecimento.” Posteriormente, trabalhou em concessionárias e leilões, seguindo a carreira documental até conseguir sua carteira funcional em 2006. Aos poucos, mesmo sem a ousadia de divulgar seu trabalho em todos os lugares, como ela mesma relata, Ana foi criando sua rede de Network e, no mesmo ano, abriu e formalizou a DAC. 

Em um momento difícil da carreira, ela precisou fechar seu escritório de despachante. Segundo ela, chegou a sentir vergonha quando precisava dizer com o que trabalhava e, justamente nesse período, descobriu a síndrome de borderline. Ao ficar sem trabalhar por dois anos, depois que fechou seu escritório, ela queria voltar a atender somente empresas e leiloeiros, pois os trabalhos de pessoas físicas vinham com demandas que  deixavam-na insegura e soavam ilegais. Mas foi um amigo próximo que lhe mostrou uma nova direção: “muita gente compra um sonho e acredita, coloca a expectativa e esperança em vocês”.  Ana conta que sua profissão de desburocratizar os processos de documentação de veículos é difícil e não tem um bom reconhecimento pela sociedade, mas acredita que a pandemia ajudou a quebrar esse estigma e viu seu trabalho florescer. Hoje, ela sonha em voltar com o escritório que tinha, ter funcionários e desenvolver seu empreendimento.

Sobre sua experiência no projeto de Embaixadoras do Direito, Ana conta que conheceu a Asplande através da Amac e cita a ONG com muito carinho: “Maravilhosa, tão profunda! Empática!”. No projeto, Ana descobriu uma profundidade em temas sociais femininos e quer ajudar na luta das mulheres que viveram o mesmo que ela. “Mesmo vivendo anos no relacionamento abusivo, não tinha noção que a violência já era desde os tempos de Sinhá…”

Ana reconhece que sua história de vida é impactante e que sua voz pode ser o portal e a quebra do silêncio de muitas mulheres. Além de amar falar sobre os assuntos que permeiam sua vida, ela entende que o empreendedorismo sempre foi o farol  guiando-a na imensidão do oceano, o que lhe permitiu conquistas e conhecimento. “É meu amor, minha paixão”, diz ela, complementando ainda: “No Empreendedorismo me descobri criativa e atemporal, a liberdade de fazer o que faço me deixa feliz”.

 

Escrito por Moara Guimarães Flausino, voluntária na Asplande.