Embaixadora Sheila Nogueira da Silva

Nome: Sheila Nogueira da Silva

Negócio: Lis Art’s

Área do Negócio:  Embaixadora dos Direitos da Mulher

Bairro/Município: Duque de Caxias/RJ

Telefone: 021 933001070

Instagram @sheila.nogueira.142, Facebook @sheila.nogueira

 

Sheila Nogueira da Silva, 51 anos, quando pequena admirava a irmã mais velha na arte do crochê, foi se apaixonando e começou a fazer suas próprias peças. Mesmo trabalhando, deu continuidade e nas horas vagas fazia o crochê, presenteava e vendia algumas peças.

Durante a Pandemia da Covid-19 o salão no qual trabalhava como depiladora fechou por três meses. Diz que nesse período conheceu o verdadeiro significado da empatia. “Minha vida mudou muito nesse período em que tivemos que ficar confinados. Me sentia em um reality. Tive o prazer de conhecer Ana Félix. Passei a ser voluntária no projeto Maloca da Cidadania, onde ela trabalha como assistente social. E, também através dela, conheci a Asplande. Fiz o curso de Embaixadoras dos Direitos das Mulheres, concluindo com sucesso mais uma etapa da minha vida. Hoje me sinto mais preparada para ajudar”.

No período do curso pode contar alguns de seus relatos. Viu relatos de muitas companheiras. “Faço parte da cartilha Basta à Violência Doméstica. E com esse curso passei a entender melhor o outro. Costumo dizer que a moeda tem dois lados. Então antes de tomar qualquer iniciativa, analiso a situação para, depois, ver como posso ajudar”. Conheceu artesãs que lhe inspiraram. Sim, porque trabalha com crochê desde os 12 anos, mas nunca tinha tido a coragem de assumir seu lado artesã. Trabalhou em escritório, hotel e salão. Mas com a pandemia passou a se dedicar mais ao artesanato.

Participa da Igreja Batista onde trabalha com crianças na faixa de 5 anos, ali já começa a passar os conceitos apreendidos numa linguagem acessível à turminha. Nos planos está preparar um chá com casais dentro do calendário da Igreja para falar sobre o Combate à violência Doméstica.

À pergunta “como desenvolve suas funções de “Embaixadora dos Direitos da Mulher?”, fala com desenvoltura do seu olhar atento, seja ao comercializar suas peças, seja no salão ou em contato com as pessoas, especialmente mulheres jovens, em vários ambientes. Ao invés de distribuir simplesmente a cartilha, vai conversando, exercendo a escuta ativa, esclarecendo, colocando sua experiência de vida e, principalmente, a empatia a serviço do outro. Em outras ocasiões, ao sentir uma situação de abuso ou assédio moral entre casais, discretamente passa seu telefone como se fosse para futura venda, deixando a pessoa livre para entrar em contato. 

Atualmente Sheila está desenvolvendo o seu negócio Lis Art’s, faz protótipos, participa de algumas feiras, faz vendas pelo WhatsApp. Avalia expor no Espaço de Empreendedores em Caxias, começando a apresentar os produtos de forma estruturada. Está de olho em uma loja próxima à sua casa, onde pretende instalar um ponto de venda e uma Oficina com aulas de crochê. “Em breve estarei com meu negócio próprio. É só uma questão de tempo e de colocar as coisas no eixo”, complementa.

Sheila deixa a seguinte mensagem: “no período da pandemia minha fé foi fortalecida, pois perdi minha mãe pouco antes da pandemia, quase perdi meu emprego. A casa em que morava era alugada, e tive que entregar a casa. Enfim, fiquei meio sem chão. Mas com a fé que sempre tive, comecei a usar esses momentos ruins e transformá-los de uma forma em que eu mesma teria que mudar essa situação. E consegui. Agradeço em primeiro lugar a Deus, depois a Ana Félix que acreditou em mim. E, também, à galera da Asplande que esteve presente mesmo de longe. Uma família que conquistei para sempre “.

 

Por Glaucia Torres, voluntária da ASPLANDE.