Semeando o Amor: Em parceria com C&A, Asplande realiza Ação Solidária

Desde o ano passado, início da pandemia de covid-19, o nosso país se encontra com níveis cada vez maiores de desemprego e, consequentemente, de fome. No primeiro trimestre desse ano, o IBGE divulgou uma pesquisa que registrou o recorde nacional de 14,7 milhões de desempregados no Brasil, em números concretos, cerca de 14,8 milhões de pessoas. Lamentavelmente, o nosso país sofre também com grandes altas na inflação de alimentos podendo, inclusive, levar o Brasil de novo ao “Mapa da Fome”, levantamento feito pela ONU sobre a situação da fome no mundo.

Atenta a esta grande necessidade bem diante dos nossos olhos, neste ano de 2021, a Asplande fez uma parceria com o Instituto C&A. Desta parceria surgiu uma campanha, em setembro, com os funcionários da C&A, para a distribuição de 100 cestas básicas. As cestas foram distribuídas prioritariamente para empreendedoras e algumas outras pessoas que fazem parte da Rede Asplande. As beneficiadas são mulheres, chefes de família e cerca de 70 cestas foram destinadas a moradoras da Baixada Fluminense.

Entre as voluntárias que participaram da ação estão Elizabeth Pimentel e Maria Regina Fontes, duas mulheres que, movidas pela empatia e espírito da solidariedade, participaram da entrega das cestas e puderam, representando a Asplande, estender a mão para essas famílias.

Maria Regina nutre uma esperança de que outras pessoas e instituições possam se mobilizar, se unir e também olhar para o outro com amor a fim de amenizar o sofrimento do próximo, que um dia já fora semelhante ao seu.

“Não conseguimos ajudar por completo, mas pelo menos amenizar um pouco, porque a fome tem pressa… No momento que a gente vive, essa pandemia, a gente passou a ter um olhar melhor a quem está do nosso lado…” diz Maria Regina.

Já Beth, de maneira muito sensível, diz que a ação da Asplande foi apenas mais uma maneira que ela viu de ajudar a quem precisa. Ela trabalha em uma feira e vende alimentos numa praça de Duque de Caxias. Por trabalhar na rua e diretamente com alimentos, pode observar a realidade de perto também que trabalha na feira e diretamente com alimentos numa praça de Duque de Caxias, relata que na sua percepção, depois de agosto desse ano, a situação ficou ainda mais complicada.

Segundo dados do IBGE, as despesas no supermercado subiram 1,1%, no entanto, os brasileiros têm comprado 0,5% menos produtos. Isso significa que, com uma determinada quantia, se compra menos do que se comprava antes, o que reforça a dificuldade da população de se alimentar. Quando relacionamos esses números aos números de desempregados, fica clara a importância de se realizar ações como essa no meio da pandemia.

Por essa razão, além de se dispor a participar de entrega de cestas básicas, Beth já faz suas doações particulares no dia a dia. Na praça em que vende seus produtos, um lugar movimentado, mesmo antes da pandemia, já doava às pessoas que chegavam a ela. Com a pandemia, o número de pessoas que apareciam para pedir algum alimento cresceu e ela se sensibilizava muito, pois entende que a fome é algo sério e talvez a refeição que desse, seria a única chance que aquelas pessoas teriam de comer aquele dia.

“O pessoal costumava brincar: Beth, você vem pra feira pra trabalhar ou para doar?” lembra Beth.

De fato, é difícil não se comover diante das últimas notícias sobre a fome no Brasil. Temos visto na mídia imagens muito chocantes da escassez e da venda até mesmo de sobras de carnes, antes descartadas, no supermercado.

Para Beth, a realidade é muito mais chocante quando vista a olho nu. Nesse último trimestre a situação está se agravando. Por isso, também tem um projeto pessoal com sua família de levar marmitas para pessoas em condições de rua, do qual fala muito emocionada. Beth acredita que essas situações nos fazem refletir, pensar em maneiras de melhorar e ajudar com o que podemos, mesmo que seja pouco para nós, será muito para quem recebe.

“Não tem essa história de andorinha não faz verão? Pra mim faz, se cada um contribuir com sua semente. Eu costumo dique que gosto de plantar uma sementinha. Essa sementinha, se você regar todo dia, com certeza, irá florescer. No coração do próximo, quem está ao seu lado e no de quem receber também.”

Certamente, para cada uma das 100 famílias beneficiadas pela ação da Asplande e da C&A, uma cesta básica fez diferença na mesa e no coração. Que possamos seguir florescendo juntas.

 

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Por Karollyne Silva, voluntária da Asplande