Retrato de Célia Regina
Célia Regina Rangel Silva da Silva
Negócio: Atelier CM Kids e Decoração
Área de negócio: Raízes do Rio
Município: Queimados
Telefone: (21) 98933-6777
E-mail: cmartesedecoracao@gmail.com
Facebook: CMKidsAtelier
Instagram: decoracaocasalcmkids
Célia Regina e seu marido Maurício são empreendedores do ramo da decoração. Maurício trabalha com madeira, fazendo peças decorativas diversas, e Célia costura, pinta e borda, faz um pouco de tudo para compor as peças que combinam madeira, feltro, biscuit, crochê e bordados. O negócio do casal é o Atelier CM Kids e Decoração.
Nascida em Padre Miguel, Célia foi morar em Campos dos Goitacazes aos 12 anos de idade com sua mãe, que era originária dessa cidade e resolveu voltar para sua terra natal. Desde pequena, Célia gostava de trabalhos manuais, mas foi em Campos que teve seu primeiro contato com o artesanato, porque lá, como parte da cultura regional, toda moça precisava aprender de tudo um pouco: cozinhar, costurar, bordar, fazer crochê, tricô e pintura. Ela começou então a fazer os cursos que eram oferecidos de modelagem e costura e das demais técnicas do artesanato. “O que aparecia eu fazia, e meu amor pela arte foi só crescendo”.
Mais tarde Célia se casou e veio morar em Nova Iguaçu. Maurício foi trabalhar como técnico de informática (TI) e ela como costureira na indústria de confecção. Depois se mudaram para Queimados, seus filhos Leydiane, hoje com 33 anos, e Matheus, com 26, se casaram e o casal seguiu sua vida.
Mas, há cerca de 7 anos, eles enfrentaram um problema de saúde que os levou a deixar seus postos de trabalho, suas profissões, e tiveram que recomeçar de outra forma. Como Maurício tinha o trabalho em madeira como hobby e Célia a sua bagagem de artesã, eles resolveram viver do artesanato. Mas tiveram que começar tudo do ZERO e “a nossa maior superação está sendo empreender depois dos 50 anos, numa idade em que esse é um desafio muito maior do que na juventude. Há muitos obstáculos a serem superados”, ela diz.
E a pandemia os pegou justamente quando tinham obtido sua carteira do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), se inscrito nas feiras da Economia Solidária (ECOSOL) e estavam começando a participar de feiras. “Foi algo meio assustador em relação ao sustento, pois participávamos de feiras para comercializar nossos produtos e, com a pandemia, não pudemos mais, tínhamos investido em materiais para produzir, e o dinheiro ficou parado. Foi só com a ajuda de muitas pessoas que conseguimos nos manter durante a pandemia”, conta Célia.
Célia e Maurício ainda lutam para superar as dificuldades, pois o artesanato é sua única fonte de renda. Mas, em 2022, Célia conheceu a Asplande através da Adriana, a DRI dos Santinhos, e passou a integrar o projeto Raízes do Rio, o que lhe tem sido de grande ajuda.
“Todas as palestras, cursos, rodas de conversa que tratam aspectos psicológicos, estar com pessoas incríveis que também têm se superado, ou que estão lutando como nós, fez toda diferença. Fui acolhida por essa família de uma forma inesperada e maravilhosa. Sou muito grata”, diz Célia.
Escrito por Adelina Araújo, voluntária da Asplande