Retrato de Leci Brandão

Nome completo: Leci Brandão da Silva Teixeira
Nome do negócio: Glacê Rosa
Área do Negócio: Gastronomia
Bairro/Município: Nova Iguaçu
Contato: 96614-9236
 

Tímida e com pensamento empreendedor desde que tinha 22 anos. Essa é Leci Brandão da Silva Teixeira, dona da Glacê Rosa, empresa de bolos e doces criada por ela há dois anos e meio. Os altos e baixos do empreendedorismo não a fizeram desistir da carreira, assim como sua timidez não a atrapalhou de divulgar seu trabalho nem de participar de novos projetos.

No final da década de 80, já pensando em trabalhar com confeitaria e montar seu próprio negócio, a doceira começou a fazer cursos gratuitos de confeitagem de bolos, docinhos e outros. Na época, seus primeiros passos como empreendedora foi na confecção de bolos para a própria família. Com o tempo, realizou outros cursos mais complexos dentro da área.

Com a experiência adquirida e os elogios dos familiares, Leci colocou uma plaquinha na porta de casa e começou a fazer seus doces. “Para mim, fazer um bolo complicado é sinal que estou me aprimorando. Gosto de desafios”, afirma. Um dos cursos feitos por ela foi o de bolo artístico. “Fiz um palhaço deitado, só de pasta americana. O bolo era o corpo, com perninhas para cima. Ninguém acreditou quando ficou pronto”, orgulha-se Leci.

Entretanto a vida de empreendedora de Leci teve alguns desafios. Em 2011, ela enfrentou a diminuição de seus clientes quando mudou-se de município. “Eu morava na Pavuna, Zona Norte do Rio de Janeiro, tinha uma clientela fixa. Quando cheguei a Nova Iguaçu, perdi clientes”, lamenta. Mas reproduzindo a música interpretada por sua homônima, a cantora Leci Brandão, a doceira é “uma grande mulher, com um grande ideal” e não desistiu. A empreendedora começou a produzir cestas de café da manhã junto com a cunhada e investiu em curso de vendas. Atualmente, a página da Glacê Rosa no Facebook possui mais de 2.400 curtidas. Caprichosa e dedicada à sua arte, Leci fez questão de concluir um curso de fotografia. “As fotos dos bolos nem sempre saíam boas, por isso fiz as aulas. Por mim, postaria todas as fotos de uma vez só, mas minha filha fala que não é assim que se faz”, gargalha.

Em 2015, por indicação da irmã, Leci conheceu a Asplande e sua vontade de empreender só aumentou. “ Gostei tanto que levei minha cunhada. Lá me deram uma injeção de ânimo. Fiquei mais entusiasmada para continuar investindo na minha profissão”. Em 2016, a pedido da ONG, a boleira participou do Projeto Mulheres do Bem, da loja Mercatto, no qual concedeu uma entrevista sobre seu trabalho.

Hoje, aos 51 anos, Leci se descobriu diabética, e seu talento voltou-se para uma alimentação mais saudável. “Já realizei um curso nessa área. Mas pretendo me especializar mais”, conta. O projeto do qual Leci participa é o Carrinho Solidário, voltado para a alimentação saudável. A iniciativa da Asplande também reúne outras mulheres. A ideia é percorrer o Centro do Rio e levar as empreendedoras a novos tipos de iniciativa e expansão dos seus negócios.

 

 

Por Jéssica Fusco, formada em Jornalismo, com Pós-graduação em Gestão Pública e, atualmente, Técnica Legislativa na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte.