Retrato de Cristina da Costa
Nome: Cristina da Costa Gomes
Negócio: Atelier brincar de ser eu
Área: Raízes do Rio
Localização: Vila Kennedy
Contato: (21)98600-0395
Instagram: @atelierbrincardesereu
Cristina foi criada pela mãe em uma família de 10 filhos. Sem a presença do pai, desde pequena, dividindo a casa com muitos irmãos, ela aprendeu a ser independente e, mesmo sem perceber, começou a empreender para ajudar em casa. Na adolescência, ela teve seu primeiro emprego CLT, mas estava sempre complementando renda com a venda de salgadinhos e, posteriormente, com as bolsas que ela confeccionava.
O artesanato já vem de família. Cristina consertava as próprias roupas quando pequena e, vez ou outra, as bolsas geravam vendas pontuais. Mas foi na vida adulta, quando Cristina já estava casada e o esposo perdeu o emprego, que ela precisou relembrar suas raízes e encontrou na arte um recomeço.
Seguindo na carreira da costura, ela fez um curso gratuito de 6 meses para iniciar e, ao final, ingressou em um novo aprendizado para empreendedorismo. O ano era 2019 quando isso aconteceu e sua participação nesse curso de empreendedorismo lhe rendeu um fomento de R$1.300 para dar início à marca própria, o Atelier Brincar de Seu Eu.
As bolsas e acessórios que Cristina produz são parte de uma “costura criativa, feita de produtos upcycling”, com materiais reutilizáveis para criar produtos sustentáveis. Além de artesã, ela também coleta resíduos de tecidos e trabalha de forma personalizada, atendendo ao estilo do cliente.
Sobre a ASPLANDE, Cristina diz que a Rede “me agarrou, me abraçou e me ensinou a ser o que eu sou, a valorizar o que eu sou e o que eu faço.” Ela conta que a ASPLANDE é o tipo de organização que a inspira e que impacta pessoas. Conhecendo através da Regina, que a colocou na Rede, Cristina demonstra sua gratidão aos aprendizados que adquiriu nas aulas, no projeto Raízes do Rio e na Aceleração de Negócio Socioambiental.
As bolsas, mochilas e acessórios que Cristina produz também são homenagens às suas ancestrais: vó e mãe, que também costuravam e aproveitavam tecidos para as costuras. Hoje, seu maior sonho é abrir seu próprio espaço e passar seu conhecimento, pois segundo ela, “a costureira tem um dom” e ensinar a arte que ela produz e aprendeu é um objetivo de vida: “se sou o que sou, é porque alguém me estendeu a mão e eu quero ser essa pessoa para as outras.”
Com uma visão clara de expansão do Atelier Brincar de Ser Eu, Cristina quer investir em parcerias e em mão de obra para a ajudar na produção das peças. Com esperança de sobra, para ela ser empreendedora “não é só vender, é você fazer parte de uma rede” e ela deixa um recado para os leitores: “hoje, não sou uma pessoa rica, mas sou feliz e acredito que com fé e perseverança a gente consegue chegar em um lugar bom. Você escolhe quem você quer ser e tem que ter movimento, tem que se mexer para as coisas acontecerem.”
Escrito por Moara Guimarães Flausino, voluntária na ASPLANDE.