Retrato da Gilka Albany
Nome: Gilka Albany Cipriano de Oliveira Moraes
Negócio: Gil’Artes Confecções
Área de negócio: Costura Criativa
Bairro/Município: Engenho, Itaguaí – RJ
Contato: (21) 97119-0063
Instagram: @albanygilka
E-mail: gilkaalbany1957@gmail.com
Mora em Itaguaí há dezoito anos, tem um casal de filhos e quatro netos. A sua avó fazia tricô e crochê, a sua mãe costurava para uma fábrica de roupas. Hoje ela usa linhas e tecidos para encantar as pessoas e alegrar os lares. Esta é a Gilka, 65 anos, mais da metade deles dedicados ao artesanato.
Antes disso foi funcionária pública e trabalhou como assistente administrativo. O artesanato lhe proporcionava prazer e um complemento para a sua renda mensal, com a sua venda para pessoas próximas e amigos. Só após a demissão da Empresa de Correios e Telégrafos ela criou coragem para fazer da arte e da criatividade a sua profissão e meio de vida.
Conhecimento do ofício Gilka tinha de sobra, pois trazia consigo um legado – a tradição e a riqueza do artesanato nordestino. Na cidade onde nasceu – Pajuçara, em Alagoas, aprendeu de tudo: bordar com ponto cheio e richelieu, manejar o tear para fazer o tecido das redes, fiar com bilros e usar a fibra de bananeira para cestos e chapéus. Disposição também nunca lhe faltou – “Já acordo com o pé na máquina”.
No entanto, desenvolver-se como empreendedora implicava alguns conhecimentos que ela não detinha e confessa ter enfrentado dificuldades em equilibrar os gastos e dimensionar custos. Às vezes, faltava dinheiro para comprar material.
Conhecer a ASPLANDE lhe ajudou em suas dúvidas iniciais como empreendedora, a conhecer pessoas da mesma área, a encontrar espaços para um melhor posicionamento no mercado e a expor melhor o seu trabalho.
Hoje ela participa de feiras nos bairros de Itaguaí, Campo Grande e Santa Cruz, vende também pelo Whatsapp e usa as redes sociais para divulgar os seus produtos.
Também não hesita em recorrer à Internet para aprender um pesponto ou outros detalhes do artesanato. Mas agradece e valoriza muito o modo como aprendeu o ofício: com o desenvolvimento de um olhar atento e curioso para as artes manuais e pela paciência amorosa das mulheres da família em lhe transmitir os saberes tradicionais que deram cores e texturas à sua infância.
Para Gilka, o importante é desenvolver o próprio potencial em uma atividade que lhe dê prazer. Pois, se isso não é uma garantia contra as dificuldades, com certeza ajuda a gerar mais entusiasmo para aprender e mais alegria no fazer.
Escrito por Aruane Garzedin, voluntária da Asplande