Retrato de Evaldelina Barbosa

Nome: Evaldelina Barbosa
Negócio: Acarajé da Val
Área do Negócio: Culinária baiana
Bairro/Município: Vila Leopoldina – Duque de Caxias
Contato: (21) 96868-1209

Evaldelina Barbosa é natural de Salvador, na Bahia, mas reside atualmente no Rio de Janeiro, mais especificamente em Vila Leopoldina, bairro de Duque de Caxias. Casada e mãe de dois filhos, quem vê o seu semblante de mulher de fibra não adivinharia que ela veio de uma família de doze irmãos. Evaldelina se sente realizada e completa ao dar continuidade ao negócio da mãe, dona Jovelina, também da área culinária. Ela expandiu seus negócios, como a “Baiana do acarajé”, sendo acolhida pelo mercadão de Madureira na década de 80.

Seguindo o ramo da matriarca, Evaldelina herdou o seu legado, conquistando respeito e reconhecimento com o nome da família. Além disso, um de seus irmãos, morando atualmente na Itália, levou alguns dos quitutes para países da Europa, onde fazem muito sucesso entre os nativos.

Quando decidiu se mudar para o Rio, Evaldelina tinha a perspectiva de fazer uma reviravolta em sua vida, mas sabendo que teria que passar por dificuldades, tendo que trabalhar durante algum tempo sem carteira assinada. Contudo, acabou aceitando a proposta, devido a necessidade de vir para uma nova terra, onde existiam mais oportunidades.

Alguns anos depois, ela resolveu trabalhar fazendo acarajé, mas desenvolveu problemas de saúde decorridos da fumaça da fritura, e os médicos disseram que seus pulmões eram os de um fumante. Isso fez com que resolvesse ingressar na carreira de artesanato, na Escola Parque, e depois fazer um curso de culinária no Senac. Se formou na escola técnica Parque e Turismo, e pôde aprender um pouco mais sobre novos temperos do setor em que atua.

A cozinheira conta que já trabalhou como caixa de supermercado, camareira e também no espaço cultural Casa França-Brasil, que oferece eventos importantes como palestras, cursos e exposições.

Evaldelina ficou por um tempo com um ofício no Velho Mestre, um restaurante em Duque de Caxias com foco em cervejas de várias regiões do Brasil, assim como, durante algum tempo, prestou serviços ao Instituto da Infância (IFAN). Lá chegou a participar da Exposição Baixada, durante o mês de junho, onde vendia seus acarajés no 1° ponto, na porta do Instituto, no Observatório patrimônio histórico da Av. Rio Branco. Também já deu uma palestra intitulada de “O trabalho do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro e Promoção da Igualdade Racial e Étnica”, na luta pelos direitos dos negros, durante o I. Encontro Étnico-Racial, que foi realizado na Universidade Unigranrio de Duque de Caxias.

Ao final, Evaldelina deixa o recado de que pretende ensinar outras mulheres que se interessem em aprender a culinária baiana, e que a Asplande foi um diferencial de aprendizado em sua vida profissional.

Por Hemily Gonçalves, estudante de Jornalismo e voluntária da Asplande.